Aumenta a esperança de um novo tempo editorial em Londrina e Região Metropolitana. Isto porque a Redação da Folha de Londrina passa a se preocupar mais com os municípios do entorno. Melhor ainda: não é só para notícias ruins.
Na edição desta quarta-feira, dia 27 de julho, a editoria de Geral trouxe reportagem de página sobre a talidomida, assinada pela repórter Marian Trigueiros. O artísta plástico cambeeense Anésio José Montini, um dos grandes batalhadores na luta jurídica em defesa das vítimas do medicamento com o princípio ativo, é ouvido e merece retranca de apoio com foto. A matéria está na página 7 do primeiro caderno.
Na página 8, a repórter Silvana Leão assina reportagem lúcida, com enfoque em repercussão justa e correta a partir do posicionamento das famílias de dois jovens cambeenses suspeitos de roubo de carros. Eles foram mortos pelo Pelotão de Choque da PM perto da Mata dos Godoy, em Londrina. Teriam, segundo a PM, reagido à ação policial. As famílias contestam.
A Folha Economia, que na terça-feira mereceu menção neste blog, volta com uma produção do repórter Nelson Bortolin sobre empreendimentos da iniciativa privada em Cambé. A reportagem sobre talidomida é a manchete da capa, com uma foto do artísta plástico cambeense em cinco colunas, título de seis colunas em uma linha e texto de uma coluna, tudo na primeira dobra. O caso dos jovens mortos merece chamada seca de quatro colunas. A reportagem de Folha Economia entra na capa com chamada seca de duas linhas em duas colunas.
De acordo com a empresa que coordena a distribuição de jornais em Cambé, entram no domingo, entre Folha de Londrina, Gazeta do Povo com o JL encartado, Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e alguns outros títulos de publicações, no máximo 1.000 jornais. E o domingo é dia de mais leitores procurarem as bancas.
A resposta simplista para essa situação seria aquela que enche, enjoa, satura por ser uma subestimação direta à capacidade intelectual do povo: "As pessoas estão lendo cada vez menos". Outra solução patética: "É que não precisa mais de jornal impresso, pois se encontra tudo na internet". Desculpas de fracassados.
Não se compra jornal porque não há o que ser lido. Com a ampliação dos horizontes o empresário de comunicação e as equipes editoriais com certeza colherão frutos doces e saudáveis. É só experimentar.
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