segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As capas dos jornais no início da semana

“Órgãos públicos não respondem pedidos de informação” chama a Gazeta do Povo em sua manchete de capa na edição desta segunda-feira, dia 30 de janeiro. Na linha fina: “A menos de quatro meses para a Lei de Acesso a Informações Públicas entrar em vigor, o Estado brasileiro se mostra despreparado para atender ao cidadão. A Gazeta do Povo protocolou pedidos de informações em dez instituições e somente uma – o Supremo Tribunal Federal (STF) – forneceu orientações que levaram aos dados solicitados. Segundo pesquisa divulgada pela Controladoria-Geral da União (CGU), 70,9% dos órgãos públicos ainda não sabem como dar acesso a informações. A Lei 12.527 entra em vigor em 18 de maio”. Boa produção. Tema oportuno. Boa estratégia de checar a situação.

Na Folha de Folha, a manchete de capa desta segunda-feira é “Guarda municipal age como polícias”. O chapéu usado acima do título é “Combate ao crime”. Na linha fina: Reflexo do sucateamento das forças Militar e Civil, efetivo das guardas municipais no Paraná cresceu 36% de 2004 a 2009 e atuação já ultrapassa limite constitucional”. Boa reportagem, de tema que interessa a população e puxa as orelhas do Estado. O levantamento é estadual e a produção é exclusiva da Folha.

No Jornal de Londrina: “Prefeitura amontoa livros e lixo em barracão sem vigias”. Usa como chapéu a palavra “Descaso”. Na linha fina: “A reportagem do JL passou 50 minutos fotografando e caminhando pelo barracão do IBC, onde a prefeitura armazena desde lixo reciclável a computadores, luzes de iluminação pública, penus velhos, carteiras e materiais escolares. Livros novos misturam-se ao lixo. As portas estavam abertas ou apenas amarradas. Nenhum funcionário ou segurança foi encontrado no local.” Também produção própria. Uma denúncia séria contra a administração municipal. No estilo reportagem vivência, em cima de um fato que foi testemunhado.

Em O Estado de S.Paulo: “Sete em cada 10 projetos de habitação ficam só no papel”. Na linha fina: “Contratos analisados pela CGU tratam apenas de moradias populares e foram firmados entre 2004 e 2011. É também uma demonstração do descaso do Estado em relação ao contribuinte, inclusive o que não são beneficiários das moradias populares, mas bancam o sistema.

O início da semana, portanto, é de boa produções no jornalismo impresso. As manchetes são de assuntos nacionais, regionais ou locais que interferem direta ou indiretamente na vida do cidadão.

Nenhum comentário: