Enquanto as TVs taparam os olhos para o resto do mundo, o meio impresso mostrou que é mais aberto às nossas americanas. A Folha de Londrina, por exemplo, aproveitou matéria da agência de notícias Folhapress sobre as concentrações nas ruas de Santiago, no Chile, para lembrar o 11 de setembro de 1973, em memória das 3.225 vítimas da ditadura militar que se apossou do país naquela data, após derrubar o governo de Salvador Allende. A matéria publicada pela Folha de Londrina é ilustrada com uma foto da manifestação em Santiago. O espaço para o 11 de setembro de Nova York é de pouco menos de meia página. Na Gazeta do Povo, duas páginas para Nova York. Nada para a manifestação do Chile. Tendências nada editoriais, ao que parece...
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
E nada para o 11 de setembro do Chile...
O circo pegou as grandes redes de televisão do Brasil do jeito que elas queriam na cobertura dos 10 anos do 11 de setembro em Nova York. Apelando para um mar de lágrimas, o enfoque central foi essencialmente americanista. As versões da história foram massacradas tanto quanto o evento em si, que resultou na morte de 2.997 pessoas em conseqüência do desabamento das torres gêmeas e de outros atentados simultâneos. Na Globo News, alguns analistas convidados até que tentaram mostrar as várias faces da mesma moeda. Mas em uma produção tendenciosa as intenções éticas ficam apagadas. Não se defende aqui um lado ou outro. O que se defende é a verdade e, principalmente, a ética. Contar a história exige muita ética.
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