As notícias mais atualizadas sobre a votação no Senado da PEC 33/09 (Proposta de Emenda Constitucional) que devolve a obrigatoriedade do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista são do dia 25 de novembro de 2011.
Sabemos que a matéria foi citada em plenário e iria à votação na sessão do dia 23. Mas o autor do substitutivo, senador Antônio Carlos Valadares, requereu adiamento. Participavam da sessão apenas 42 senadores e o quorum mínimo necessário é de 49.
Havia a possibilidade da PEC entrar na pauta desta terça-feira, dia 29 de novembro, ou quarta, 30 de novembro. Até às 14h20, porém, as informações são desencontradas.
O decreto que exigia o diploma de jornalismo foi derrubado em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal. Desde então, o Ministério do Trabalho concedeu, em todo o País, quase cinco mil registros de jornalista para pessoas que não possuem diploma.
Não há, infelizmente, um estudo científico de elevado conceito que avalie a qualidade da produção jornalística no período, abrangendo os diferentes meios: impresso, rádio, televisão e internet.
Mas se não podemos afirmar que os reflexos já são sentidos, ao menos temos o recurso de mencionar que as redações que se aproveitaram da brecha aberta pelo Supremo para contratar não diplomados caíram em qualidade e em conceito. Pequenas emissoras de TV foram as que mais se aproveitaram da situação.
Em municípios de menor porte, há jornais impressos mantidos por políticos e tocados por pretensos empresários de comunicação. Eles próprios, os tais empresários, trataram de correr atrás dos registros profissionais. Com isso, assinam como responsáveis, são vendedores de anúncios, cobradores, contatos com o poder público e, quem diria, jornalistas.
Como jornalistas, fotografam, assessoram padrinhos políticos, diagramam, editam, acertam a impressão com as gráficas, distribuem e vivem a eterna expectativa de ganhar com pouco investimento e nenhuma preocupação com a qualidade e os leitores.
Enfim, na ponta da faca a qualidade e o compromisso com a ética estremecem. Por isso o jornalismo, em alguns lugares, virou motivo de piadas a cada edição que chega às ruas.