segunda-feira, 25 de julho de 2011

Estranho! Colunável social merece página no caderno de cultura do jornal

A Estatistica da Mídia – Semana Folha, mediu no período de 18 a 24 de julho os espaços da Folha de Londrina e a relação do jornal com o Norte do Paraná. Os resultados podem não ter sido promissores, se levado em conta que a publicação analisada é estadual e, nesse contexto, os municípios da Região Metropolitana de Londrina mereceriam algumas abordagens, até por estarem próximos da sede do jornal.Mas vale considerar os dois lados com uma pergunta básica: estes municípios não entram nos espaços editoriais da Folha porque não disponibilizam notícias interessantes ou porque o jornal está, se não geograficamente, com uma diretriz distanciada de sua base, exceto logicamente de Londrina?
A resposta clara depende da lucidez das duas partes. Acreditamos que ambos os lados precisam de uma reflexão e terapia a respeito. E, após, uma conversação e um acerto. Imagina-se a princípio que o fator econômico é a mola dessa relação. Se há um contrato comercial entre o município e o jornal, sobram espaços editoriais. Seria, entretanto, injusto alicerçar uma análise a partir desse pressuposto, antes de conhecer as versões que rondam este tema.
Acreditamos que há redações combalidas em quantidade de profissionais. Assim, torna-se conveniente dar uma boa cobertura ao que está próximo. No caso da Folha, estes próximos são a sede e Curitiba.
Ainda assim Cambé mereceu espaços consideráveis na semana em que a medida foi realizada. Uma reportagem sobre a confirmação da presença da Missão Jesuítica San Joseph em território do município, no ano de 1625, mereceu espaço de mais de meia página, embora com erro de informação. A Folha noticiou que foi descoberto um sítio arqueológico em Cambé. Na verdade o sítio é estudado pela comunidade científica desde 1990. O que é novidade é a confirmação de que a Missão Jesuítica esteve naquele local.
Cambé também mereceu reportagem sobre a transposição da linha férrea recentemente inaugurada. O enfoque foi de que os pedestres ainda atravessam a linha de trem fora da transposição e correm risco. Nas colunas Cambé mereceu notas em quase todas as edições do período, inclusive sobre o aumento no número de atendimentos da Ouvidoria Municipal, publicada na seção Giro Pelo Paraná, do caderno Folha Cidades.
Ao que parece, há um esforço editorial para cobrir a região. Isso, se for verdade, é muito positivo, pois sabemos que a Folha vem de mudanças no seu quadro de profissionais e dispõe, atualmente, de gente nova, recém formada. Tomara que seja isso.
Quanto à edição de domingo, tomamos como base a edição do dia 24: uma boa reportagem sobre o trabalho escravo e nada mais. Na Folha 2, que é tradicionalmente dedicado à cultura, a capa mostrou uma colunável que ganhou texto e foto em reportagem que foi parar ali não se sabe por qual motivo. Era coisa de Folha Gente. Enfim, a edição de domingo é boa para quem quer comprar ou vender carros ou imóveis.

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