sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O jornalismo e a luz cegante dos holofotes

O editor de texto sinaliza que cegante é uma palavra que não existe. Com a permissão dos doutores das letras, insistimos: cegante mesmo. Começamos com José Simão, o do Buemba! Buemba!

Ele tira uma nesta sexta-feira de dois repórteres de tevê durante a cobertura do carnaval. Aliás, tira de boa: “...E o repórter no sambódromo pra periguete: ‘O que você faz pra ter esse bundão?’. ‘Eu malho e é de família, minha família inteira tem bunda grande, é genérico.’ Genérico? Essa é nova: bundão genérico! Rarará!”

Na outra ele diz: “E outro repórter: “O impressionante é todos os componentes cantando a mesma música”. Evidente, já imaginou se cada um cantasse uma música diferente? Rarará!”

Mas tem coisa séria. Estadão e Folhão trazem o acordo do jornalista Paulo Henrique Amorim com o repórter Heraldo Pereira na Justiça. Amorim terá que se retratar publicamente e pagar R$ 30 mil para uma instituição de caridade por ter se referido a Heraldo como um “negro de alma branca”.

Outra séria: a jornalista francesa Edith Bouvier, 31 anos, gravemente ferida durante ataque em Homs, na Síria, quando dois outros jornalistas foram mortos, pede em vídeo postado na internet para ser resgatada. Ela, repórter do jornal Le Fígaro, pede cessar-fogo para permitir a entrada de uma ambulância ou de um veículo em bom estado para levá-la ao Líbano.

E envolvendo a Justiça outra vez: Vários jornais latino-americanos republicaram a coluna de Emílio Palácio, editor de opinião do jornal equatoriano El Universo, que foi objeto de ação do presidente do país, Rafael Correa. O jornalista foi condenado a três anos de prisão e o jornal deve pagar multa de US$ 40 milhões. Palácio pediu asilo nos Estados Unidos.

E outras coisas mais: falta de checagem de informação está criando uma enorme confusão nos textos nacionais e regionais sobre a morte da menina Grazielly na Praia de Guaratuba, em Bertioga, Estado de São Paulo. Os leitores menos avisados confundem com a Guaratuba paranaense. Jornais de circulação nacional, mesmo com sede em São Paulo, como é o caso do Estadão e do Folhão, devem ser explícitos na localização. Nem sempre está atenção está sendo dada.

E os jornais paranaenses, que revisam os textos enviados pela agências de notícias, tem a obrigação de acrescentar a localização. Na verdade uma das praias de Bertioga é denominada Guaratuba porque um rio, o Guaratuba, desemboca no mar aberto, formando uma ponta.

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