Vida e Cidadania da edição de sábado, dia 15 de outubro de 2011 (página 11), da Gazeta do Povo, traz um assunto interessante: a grande quantidades de jornais nanicos que surgiram no Brasil após o fim da Monarquia.
O título da matéria é Imprensa nanica teve jornal feito por “almas”. O chapéu da retranca principal é PÓS-REPÚBLICA. A autoria é de Polliana Milan.
Uma das publicações mencionadas é o Fogo-Fatuo, de Santos, São Paulo: “Era do subterrâneo do bairro Saboó, em Santos, que saiam notícias engraçadas; perversas sobre habitantes da cidade escritas por supostas almar suicidas”, escreve a autora no abre da sua matéria. Fogo-Fatuo, de acordo com o texto de Poliana, foi criado em 1898.
Ela menciona ainda a pesquisa feita pela historiadora da Universidade Federal de São Paulo, Edilene Toledo, que trabalhou análise do jornal O amigo do povo, que circulou entre 1902 e 1904 e é considerado o primeiro impresso anarquista de São Paulo escrito em português.
Mas a conclusão principal é de que surgiram entre a República e o início do século 20 cerca de 2 mil jornais pequenos. Esta informação foi extraída pela autora do livro Jornalismo Político: Teorias, Histórias e Técnicas, do jornalista Roberto Seabra.
Lembramos que recentemente enfocamos neste blog algo sobre a diferença básica entre o conceito de nanico e de outras publicações oportunistas. Os nanicos sempre defenderam idéias de acordo com suas épocas. Ou ironizaram sem partidarismo. Trataram de política, economia, costumes, tradições. Ao contrário dos chapa branca ou das publicações bancadas por oposições a alguma coisa política. Estes nada acrescentaram ao acervo da história do jornalismo nacional e são apenas mencionados com perfis da data de lançamento, formato, período de circulação e pouco mais.
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