terça-feira, 23 de agosto de 2011

Nada além da vontade de ser de oposição

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem que assumir a sua supremacia até nos piores equívocos cometidos no jornalismo nacional, principalmente quando os erros tem origem na falta de capacitação de quem faz jornal.

O Jornal Comunitário tem como diretor Silvio Vidotte. Ex-diagramador da Folha de Londrina, Silvio também assina como jornalista responsável. A publicação é no formato tablóide reduzido e em papel jornal. O Jornal Comunitário, ao contrário de outras publicações de Cambé, traz chamadas na capa com jeito de manchetes: os títulos têm verbos e não são frases soltas.

Fundado em junho de 1989, a publicação tem uma cara definida: é oposição da atual administração municipal de Cambé. Então já são dois méritos: tem verbo no título e tem linha editorial. O Jornal Comunitário não pende de acordo com o vento. É oposição e pronto.

Mas por ser oposição abriga adversários políticos. Às vezes peca por não aprofundar temas que interessam ao seu público e deixa evidente que a ordem é só agitar. Então não completa o jornalismo, pois se transforma em ferramenta de recado.

A publicação tem seções fixas. Tem na edição de junho de 2011, mês em que completou mais um ano de existência, uma matéria sobre o aumento da tarifa do transporte coletivo. Isso interessa diretamente ao leitor. Tem anúncios espalhados por suas páginas.

E tem mais: erros de concordância e de digitação, erros de enfoque, erros que diminuem a importância de uma publicação que, por ter um objetivo definido – o de ser oposição – deveria ter crédito junto à parcela da população.

Perdão, dissemos que o Jornal Comunitário, por ser de oposição, tem uma linha editorial. Mentimos. Linha editorial não é só isso, é muito mais. Assim o Jornal Comunitário é mais uma publicação de Cambé. O jornal está só no nome.

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