quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Notícias inexplicavelmente atrasadas no diário

O que houve na Redação da Folha de Londrina terça-feira? Pane no sistema? Aproveitamento de sobra de matérias de segunda-feira? Prefiro acreditar na primeira hipótese. Tempo passado por este jornal por um período de 18 anos, é claro que dedico atenção especial à publicação. Isso significa que involuntariamente a minha leitura é analítica. Confesso que preferiria ler como leitor, pois o rigor da análise às vezes torna qualquer avaliação ranzinza.

Longe de mim uma intenção dessas. É resultado de um apego, de um cuidado excessivo com aquilo que já fez parte da vida da gente. E ainda faz, pelo que se torna nítido por esta manifestação. Acontece que alguns importantes temas e outros não tanto que saíram na edição de terça do principal concorrente só ocupam as páginas da Folha nesta quarta.

Fica uma impressão esquisita. Alguém puxou as orelhas e mandou ir atrás do assunto? Só que com um dia de atraso nada de novo foi acrescentado. Por isso trabalhei também a hipótese de ser matéria de sobra reaproveitada sem um reajuste, uma atualização necessária ou, pelo menos, uma mudança de gancho.

Acreditam colegas da Folha! Este fórum não tem o objetivo de deitar porrete. As críticas são para sugerir melhoras. E isso vale também para o concorrente e até para o filhote do concorrente. Vale, enfim, para profissionais que como eu aspiram produzir com lisura e acerto, mas às vezes erram.

Eu, particularmente, com mais de 30 anos de jornalismo ainda cometo erros. Hoje atuando em assessoria de imprensa me pego diariamente com falhas que vão da digitação apressada, do aperto do teclado emperrado que não dá letra e desvio de conteúdo pelo uso de uma palavra inadequada.

E quanto ao risco de descaminho ético? Isso tortura. Às vezes rola-se na cama por horas até o meio da madrugada matutando sobre as possibilidades de termos caído. Estou com cinqüenta e cinco anos de idade. Tenho madrugadas de lençóis repuxados e não é por causa de algum tipo de prazer. É preocupação, medo, dúvidas.

Isso é para deixar claro que não há pegação no pé de ninguém. Porque quando deixarmos de estremecer por excesso de segurança ai sim a nossa vida profissional estará em risco (texto de Walter Ogama).

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