A batida dos olhos na capa leva o leitor à uma busca: cadê a manchete? O que ele encontra é uma frase solta acima do texto. Sem verbo e sem impacto aquilo que entrou no lugar da manchete é um penduricalho que ocupa espaço. Quando bem diagramado é apenas um enfeite. Senão...
Se a matéria abre da capa ocupa meia página, na primeira dobra da publicação, o resto é preenchido com um amontoado de anúncios. É isso que acontece na edição do dia 01 de agosto de 2011. A matéria usada como manchete é de um assunto que aconteceu há cerca de duas semanas. E é matéria mesmo, não é manchete de capa.
O jornal chegou às ruas antes da data da edição. Uma antecipação muito maior do que as das edições domingueiras dos jornais convencionais de porte médio para cima, que chegam aos assinantes nas tardes de sábado. A periodicidade, ao que se informa, é semanal. Mas há semanas que a publicação desaparece.
Quanto ao conteúdo, lê-se o tal periódico com a impressão de “já vi isto em algum lugar”. As matérias publicas são retiradas do site oficial da Prefeitura de Cambé e na maioria das vezes não passam por um redator e um editor. São coladas inteiras, sem mexer vírgula e ponto. Na edição de 01 de agosto apenas uma matéria é produção própria.
O perfil é do jornal mais antigo de Cambé, o Cambé Notícias. Fundado em 1963, pertence atualmente a Wilson Vidotto, que responde como diretor e editor.
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